Olá! Queria apenas dar um sinal de vida e atualizar sobre como estou. Estou me sentindo melhor do que antes, mas ainda sinto aquele peso da tristeza de vez em quando.
Para ser honesto, estou lidando com questões relacionadas a relacionamentos, mas prefiro não entrar em detalhes. Posso dizer que estou em um lugar melhor do que há dois meses atrás, quando estava à beira da depressão. Foi um momento difícil, e reconheço que exagerei na autopunição. Nunca me havia sentido tão perdido antes.
PROFISSIONAL:
As coisas no emprego continuam as mesmas. A administração continua não valorizando nosso trabalho, por iniciativa de um colega que pediu minha colaboração e de outros, enviamos um requerimento para saber o motivo pelo qual estão há mais de um ano com nossas revisões de benefícios paradas. Adivinhem? Sentaram em cima da nossa solicitação e acredito que vão protelar até onde puderem. Acreditamos que o motivo para fazerem isso é que, pela mudança nas atribuições do cargo (que agora condiz com o que fazemos), eles não querem pagar mais, mesmo que pouco, faz bastante diferença para nós.
Também não posso aprofundar, mas no meu órgão há desvio de função de cima para baixo, onde colocam o pessoal da atividade fim (que ganham mais) na parte administrativa; nisso, somos escanteados para possibilidade de promoção. Por exemplo, seria como colocar um auditor fiscal que ganha mais de R$ 20 mil reais para fazer a atividade de um servidor administrativo que ganha muito menos. Não é inveja, é só para mostrar a falta de lógica: querem economizar em cima de nós que ganhamos menos, mas no topo fazem uma farra e deixam a atividade fim do órgão sem pessoal por ingerência. Fora que não podemos pedir transferência para uma secretaria que tem mais benefícios e salário melhor no mesmo cargo do nosso, pois não tem pessoal administrativo suficiente e é uma bagunça.
Tenho vários colegas que estão desanimados e tentando sair de algum jeito ou buscando algo complementar, mas como as coisas estão no Brasil, não tem como só sair para arriscar no mercado mesmo tendo boa qualificação. Outro motivo para desânimo é que o órgão onde estou só privilegia os piores (coisas que não posso falar aqui, caso alguém descubra o blogue). Sempre fui o "Lineu", pego atribuições e responsabilidades que estão acima do meu cargo e das quais colegas que ganham mais ou têm mais tempo de casa não fazem por não quererem colocar o nome ou por preguiça.
Quando precisei e pedi ajuda para um gestor, quase me ferrei. A situação foi que teria de viajar para passar numa fase em um concurso em outro estado; no meu setor não tinha ninguém, pois um colega estava de férias e outro teve de se afastar por problemas particulares. Por sorte, uma colega se dispôs a ajudar. Fosse pelo gestor, eu teria de faltar e ver se abonavam. A questão é que o salário lá é muito melhor. Antes que perguntem, fui na cara dura; até me assustei quando fui chamado e fizeram a convocação em cima da hora, mas mesmo ganhando posições, vi que não tenho chances de ser chamado dentro do prazo, pois é um órgão pequeno.
Esse ano venceu um concurso que fiz antes da pandemia e foi a mesma situação: não fui chamado. Até por isso expus agora. Fica a lição para quem não é aplicado: pois se eu tivesse sido mais organizado e disciplinado, não estaria na situação atual.
Outra coisa que fiz foi me candidatar para trabalhar em algumas instituições privadas, mas recebi negativa nas três tentativas. Pelo menos eles deram retorno e não fiquei a ver navios. Não sei se é a idade ou talvez o fato de ter um currículo pior que o de outros candidatos ou estar defasado. Iria fazer entrevista para buscar um emprego de madrugada, mas fazendo as contas e analisando bem, vi que daria merda com a saúde e meu outro emprego, principalmente se der merda no meu setor e eu tiver que segurar sozinho. Desisti, pois pesquisando, vi que a empresa é fuleira e teria problema com pagamento. A escala era 6x1 e, após sair de lá, teria de ir para meu emprego atual; puxaria umas 16h por dia e, com sorte, descansaria umas 4h (com sorte mesmo). Como tenho reserva para queimar, não vou me matar. Fosse algo 12x36 em alguma.
MORADIA:
Procurei outra casa para alugar aqui em SP, mas dentro da minha faixa de renda, só encontro sublocação (imóvel com entrada compartilhada, às vezes com o dono morando também). Além disso, muitos não aceitam animais (no meu caso) ou famílias com crianças.
Tenho cerca de 8 meses restantes no contrato atual e não sei como vai ficar com a imobiliária, mas percebi que eles não estão aceitando locar para quem tem animais. Além de mim, há um ou dois vizinhos que têm animais, mas a outra que tinha vários cachorros saiu, e o apartamento dela, quando oferecido, não foi permitido no anúncio.
Na verdade, queria encontrar uma casa maior com quintal ou sacada. Tentei alugar uma casa abaixo da minha, que é maior e tem preço mais baixo, mas por um problema com a imobiliária, outra pessoa alugou.
A novela do terreno continua... A empresa não se comunica com o comprador e nunca passa uma posição. Os dois meses iniciais que começaram em março já vão para oito; dizem que é por causa da Sabesp, que não resolveu a parte de acesso à água. Acredito que neste ano não sairá nada.
No desespero, acabei procurando apartamentos, mas das propostas que vi, tinha um studio no centro pronto para morar, mas não peguei porque o centro de SP é muito problemático e, caso quisesse me desfazer depois ou alugar, teria problemas para vender. Além disso, como chego tarde em casa do serviço, o receio de ser assaltado é alto. Fica inviável morar naquela região cheia de viciados e trombadinhas.
Estranhei a oferta por algo pronto e descobri que era uma proposta suspeita. As outras propostas eu desisti porque ficaria inviável manter o meu aluguel, a parcela do terreno mais a parcela de um apartamento na planta. O tempo de entrega é de 3 anos.
A última proposta foi a um valor muito alto por metro quadrado e tinha algumas pegadinhas, como possíveis reajustes por valorização em caso de demora na assinatura com a Caixa.
Meu maior problema no momento é a parte de moradia, e não tenho como voltar a morar com minha família, pois ficaria mais apertado ainda, tendo que ficar num quarto de 3x3. Além disso, na parte de emprego e dinheiro, no local onde estou não tenho oportunidade de crescimento e fico preso pelo motivo citado acima.
Concluí que só uma renda extra pode ajudar, mas ainda há as incertezas de ferrarem mais ainda a economia e fecharem oportunidades como sempre.
MUIÉ:
Depois de escrever esse texto, a moça que mencionei em postagens anteriores voltou a conversar comigo. No entanto, não sei o que ela quer. É o clássico comportamento "morde e assopra" feminino.
Inicialmente, fiquei feliz, como todo homem ingênuo, mas agora estou receoso e não vou criar expectativas. A experiência passada me deixou mais calejado. O importante é evitar repetir os mesmos erros.
Estranho que alguém que sabe que gosto dela force a manter proximidade. Ela continua com os mesmos comportamentos tóxicos, aproximando-se apenas quando está brigada com outras pessoas.
Vou deixar as coisas esfriarem. Não vou desaparecer completamente para não parecer desinteressado (especialmente porque não trabalhamos juntos). Percebi que ela é instável e não sabe o que quer da vida. Ela fica choramingando após ser rejeitada por alguém de quem gosta e tem medo de assumir um relacionamento com essa pessoa ("amigo"). Então, ela recorre a mim quando precisa.
Xingar ou criar confusão não vai resolver. A melhor estratégia é ficar indisponível quando ela vier com suas usualidades.
FINANÇAS:
O Bitcoin, as altcoins e o ouro valorizaram, e estimo que minha carteira de ativos agora ultrapassa R$ 430 mil. Já os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e ações, zerei minha carteira nessas modalidades.
Utilizei esses recursos como reserva para pagar algumas despesas domésticas pendentes há tempo e também para cobrir gastos com concursos que realizei meses atrás. Não sinto remorso algum, pois não havia formado um fundo de emergência e não estou tão apegado ao mercado tradicional.
No entanto, sinto vontade de reconstruir minha carteira, mesmo com os juros negativos e a inflação corroendo os ativos. Pelo menos, com essa mudança, a declaração de Imposto de Renda de 2024 será mais simples.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Pensei em retomar as atualizações da carteira, mas há um obstáculo: não sei se vale a pena sem fazer novos aportes. Nos últimos meses, minha visão de vida mudou significativamente, especialmente em relação às pessoas com quem me relaciono e ao meu esforço profissional.
Percebi que estou desperdiçando meu afeto e energia com pessoas e instituições que não merecem. Além disso, reconheci que meus comportamentos nos últimos anos foram equivocados e preciso me esforçar para corrigi-los. O maior desafio é superar minha própria tendência de me auto desvalorizar.
Encerro por aqui e peço desculpas por não ter respondido aos comentários da última publicação.
Até mais pessoal!